Eu lembro que, há alguns meses, depois de uma semana
cheia de stress, TPM e irritação, eu me enterrei numa profunda análise do que o
termo “Hakuna Matata” realmente significava.
“Quando o mundo vira as costas pra você, você vira as costas
para o mundo”, dizia o Timão. E tudo o que eu conseguia pensar era “esse é o
jeito mais lúdico que a Disney encontrou de ensinar as crianças a dizerem FODA-SE”.
Hakuna Matata para os seus problemas, criancinha. Foda-se
que seus pais estão se divorciando, que você está sem dentes e que o mundo, no
geral, está acabando. Um foda-se simpático. Com trilha sonora. Análogo.
Praticamente uma árvore de natal. Simbólico.
E eu, na minha bolha lunática de divagação, achei
completamente válido.
Explico o porque: as teclas mais pressionadas na hora de
criticar a Disney são os estereótipos. A princesa indefesa que espera o homem
para ajeitar sua vida. O homem forte e incrível que salva o dia. A bruxa má e
feia. Padrões, padrões, padrões.
Mas veja bem… Fui criada a base de filmes de animação. Não
esse combo assassino de “Princesas Plumáticas”. Filmes como Mulan, Pocahontas, Bela e a Fera,
Branca de Neve e os Sete Anões…
Ao assisti-los, eu era convidada a um universo diferente.
Deixava o sofá de casa e pulava para dentro da TV. Lá, encontrava animais que
eram capazes de costurar, falar, bancar os detetives; feras que pareciam
terríveis, mas que na verdade eram gentis, inimigos que no começo se mostravam
como galãs; bibliotecas imensas, músicas que eram parte dos diálogos, árvores
que davam conselhos e até cogumelos alucinógenos que faziam uma garotinha
visitar o “País das Maravilhas”.
E enquanto a Disney usa dos seus artifícios e estereótipos
para ensinar as crianças a dizerem foda-se, o que eu percebo do restante do
mundo, principalmente da mídia, é a grande reprodução de duas grandes opiniões
do último SENSACIONAL MEME da vida real.
Vamos lá ao que interessa.
Valesca Popozuda. Prova de filosofia no Distrito Federal. A
POLÊMICA: ela é ou não uma GRANDE PENSADORA?
O que a galera não percebeu é que a gente acabou não
discutindo isso, não é mesmo? Estamos divididos em dois: os que acham que entenderam a piada do
professor (que, aparentemente, foi irônico), e os que se revoltaram com a
errônea sinalização de uma personalidade do funk como símbolo intelectual.
O que eu sinto falta, por exemplo, é da época em que gostar
de funk não era uma “Afirmação Social”, mas uma questão de gosto musical.
Eu não preciso gostar de funk para entender a importância
desse tipo de música para um certo público. Assim como esse certo público não
precisa gostar de musiquinha indie pretensiosa para entender a importância dela
para mim (foi uma piada, gente).
A questão é… Quando é que ficamos preguiçosos demais para termos
uma opinião sobre as coisas? A gente basicamente se dividiu em dois gomos
pré-definidos e retuitamos e republicamos os pensamentos alheios sem
considerar, de verdade, o que a gente ACHA sobre aquilo.
Não éramos a geração do achismo?
E no meio dessa conversa toda, o nosso querido professor de
filosofia só esqueceu de verificar que os autores de “Beijinho no Ombro” são,
respectivamente, Wallace Vianna, André Vieira e Pardal. Não Valesca Popozuda.
Hakuna Matata, amigos, Hakuna Matata.
Um ps: anexo o link da matéria do Terra, apenas para dizer
que MEO DEOS, como essa porra tá mal escrita.
Keep calm e Deixa de recalque :v
ResponderExcluirBwahahahaha
Hakuna matata, é lindo dizeeeer *-*
É o jeito mais bonitinho pra dizer "foda-se" para todas as merdas que acontecem nessa vida ^^/
E o Amapá que se foda ^-^
ResponderExcluirMetade dos meus amigos do Facebook se revoltaram com a situação, onde já se viu uma pensadora e etc hahahahah
ResponderExcluireu só ri, gente para que levar as coisas tão a sério? 2014 cada um tem direito de gostar do que quer, e a brincadeira me desculpa mas foi otima rs, o professor soube usar o contexto e independente de quem seja serviu para os alunos dele ;)
Eu fiz um post analisando esse meme do momento, algumas semanas atrás.
ResponderExcluirBasicamente, não compreendo tanta condenação a Valesca Popozuda. Ela pode sim ser considerada um símbolo intelectual para um determinado grupo da sociedade. Para outros, não. O professor está certo quando afirma que, à partir do momento em que alguém cria um conceito e esse conceito é repassado para a sociedade e repetido por ela, pode-se considerar esse ser "criador" um pensador. Aliás, eis um princípio básico de Filosofia.
Beijos.