quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Sobre necessidades

Achei que já tivesse passado da fase diário. Aparentemente não.
Insegurança é uma palavra que me quebra no meio. Eu sou o tipo insegura agressiva - quando você é insegura e fofinha, todo mundo acha que é um tipo de "defeito bom". Um defeito que só prova que você é toda perfeita e o caralho a quatro.
Quando você é como eu, sua insegurança parece tudo, menos insegurança. Parece ódio, parece desdém, parece falta de paciência, parece sarcasmo. Parece um montão de coisa que fazem de você um monstrinho social.
Eu sou um monstrinho social.
Minha tristeza vira tapa na cara alheia e eu não sei como detê-la. Às vezes tudo o que eu preciso é meu melhor amigo e um copo de cerveja e, de alguma forma, acabo com uma briga nas mãos e um monte de ofensa lançada sem pé nem cabeça.
Eu sei dizer "preciso de você". Mas eu deixo pra dizer quando já estou gritando, arranhando, mordendo e rosnando. Deixo pra dizer quando a pessoa não liga mais.
Eu sou carente. Para um caralho. Sou carente pelas pessoas que eu amo, que são pouquíssimas, mas que dificilmente sabem que é isso que eu estou sentindo - e não um surto idiota de ciúmes ou posse.
Eu tenho dias ruins. E meus dias ruins são muitos. Porque eu sou o tipo de ser humano bosta que só faz merda e só pensa merda de si própria o tempo todo. E eu aguento de boas os dias ruins. Mas às vezes eu não aguento. Às vezes eu só quero companhia.
Mas não qualquer companhia. Aquela companhia que entende que eu sou um poço de estranheza e geralmente não sei como lidar com as coisas que quero e preciso.
Eu sinto tudo feito uma enxurrada e, talvez por isso, tenha tantos dias ruins.
Eu exijo muito sem dar nada e, talvez por isso, tenha ninguém disposto a me dar companhia.

Mas seria legal conseguir dizer, uma vezinha que seja, "não vai, não. fica aqui comigo porque eu preciso de você".

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